Nirvana - Bleach (1989)

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Amigos,
digam o que quiserem mas o Nirvana foi a última, ou pelo menos a mais recente, explosão do rock. Niilistas, praticantes de um som nada convencional, anti-mídia, descontentes com a pose e a arrogância dos "rockstars" de sua época, Kurt Cobain, Krist Novoselic, Jason Everman e Chad Channing conseguiram fazer com que seus estilos (de tocar, de falar, de se vestir, de se comportar, de pensar) se tornassem uma febre e varresse o mundo, desbancando Michael Jackson, Madonna e Guns ´n´ Roses. Diz a lenda que a gravação foi produzida por Jack Endino (o mentor do grunge) e custou apenas 600 dólares (foi Jason Everman quem pagou e, por isso, seu nome saiu no disco, já que ele não tocou em nenhuma faixa). Mais do que isso, diz a lenda que o álbum vendeu apenas 6000 cópias, um número risível, principalmente se comparado ao seu segundo álbum "Nevermind", um dos maiores fenômenos de vendas do todos os tempos. Provavelmente você já deve ter ouvido "Smells like teen spirit" alguma vez na vida, mas é esse, "Bleach", o álbum que eu recomendo. Nele você encontra o Nirvana em estado bruto, às vezes até demais. Muitos diziam (e ainda dizem) que Kurt era um guitarrista limitado, mas isso pouco importa quando você ouve o efeito do conjuto, explodindo em ecos, microfonias, harmônicos e um despretencioso vocal, mas sempre com muita energia e fúria. Talvez essa tivesse sido a essência do Nirvana: fúria. Barulhentos demais pro Heavy/Hard, experimentais demais pro Punk, um filho bastardo que até hoje ninguém sabe ao certo onde deixar. Se tentarmos puxar as origens desses sons alcançaremos Sonic Youth, Pixies, Hüsker Dü, Replacementes, e por que não, Hendrix, o mago do experimentalismo/barulho?!
Ouçam e tirem suas próprias conclusões. Apesar desse álbum ter sido gravado originalmente em 89, o som definiu os anos 90, pro bem e pro mal.
Confiram.
Até mais.