sábado, 23 de julho de 2011

PJ Harvey - Dry (Limited Edition 1992)

Amigos,
Polly Jean Harvey nasceu em Bridport, Dorset, Inglaterra, numa pequena fazenda produtora de ovelhas. Longe dos grandes centros urbanos PJ Harvey teve sua primeira experiência musical ainda criança, quando foi apresentada à coleção de discos de Blues de seus pais. Aos poucos seu universo musical passou a expandir, dos mestres John Lee Hooker, Howlin' Wolf e Robert Johnson à Jimi Hendrix e Captain Beefheart - e, mais tarde, Soft Cell, Duran Duran, Spandau Ballet, Pixies, Television, Slint, para finalmente universalizar-se na obra de Ennio Morricone, Arvo Pärt, Samuel Barber e Henryk Górecki. Aos 17 anos já compunha para suas bandas até que juntou-se à banda Automatic Dlamini assumindo as guitarras e os backing vocais. Excursionou pela Europa e gravou um disco com eles até que em 91, sentindo-se amadurecida, deixou o grupo. Fundou a "PJ Harvey Trio" com Rob Ellis na bateria e Ian Olliver (que logo foi substituído por Steve Vaughan) no baixo. Na mesma época Harvey concluiu seu curso de Artes na Yeovil Art College e já encaminhava outro, na Central Saint Martins College of Art & Design, ainda sem ter muita certeza sobre que carreira seguir. "Dress", primeiro single do trio, foi lançado pela Too Pure Records, em outubro de 91, ainda nesse clima de incerteza. As poucas apresentações e o minguado público, porém, não condiziam com as críticas positivas à faixa. O segundo single, "Sheela Na Gig", antecedeu o disco "Dry" que, depois de figurar nas rádios indies e nos meios alternativos ganhou visibilidade ao ser creditado como um dos 20 álbuns favoritos de ninguém menos que Kurt Cobain (da Nirvana). Um disco denso, obscuro às vezes, mas intenso do começo ao fim. Harvey foi aclamada com os prêmios Best Songwriter e Best New Female Singer pela revista Rolling Stone, "Dry" figurou na lista dos "100 Greatest Albums of All Time", da revista NME (em 93) e Melody Maker (2000). Quando questionada sobre qual o segredo dessa repercussão, Polly Jean respondeu: "pensei que seria minha primeira e única chance de gravar, então fiz o meu melhor".
Sábios ensinamentos.
A versão disponibilizada aqui contém, além das faixas originais, todas as demos que antecederam a finalização do álbum. Destaque para "Oh My Lover", "O Stella", "Happy and Bleeding" e "Water".
Mais informações aqui.
Até mais.

1 comentário

Bloody Mary disse...

Dário,
muito obrigada pela sua visita, seu comentário e por linkar o EMM em sua página.
Nosso blog é pequeno, modesto, amador até, mas 100% autoral e pessoal porém nada está aqui por acaso nem à toa. Tudo faz parte do nosso (meu e do meu amigo/colaborador Hell) universo cultural, dos discos aos livros, passando pelos filmes e opiniões.
Nunca tivemos intento de concorrer com ninguém a nada. Nunca aceitamos sequer participar de concursos que pretendem julgar qual blog é melhor pois acreditamos que não há "blog melhor", apenas "diferente".
Também nunca tivemos a intenção de ter o maior ou o mais completo conteúdo da blogosfera pois isso seria loucura e o Estranho Mundo é nosso hobby, nossa higiene mental.
Por tudo isso sentimo-nos felizes quando alguém vem até nós e agrega-nos aos seus parceiros, seus favoritos, suas indicações.
Entendendo e respeitando essas nossas filosofias toda e qualquer parceria é bem-vinda.
Obrigada pela atenção
e pelo respeito.

Postar um comentário

Desenvolvido por UsuárioCompulsivo, desmontado e remendado por "Estranho Mundo de Mary". ^