sábado, 25 de junho de 2011

Titãs - Tudo Ao Mesmo Tempo Agora (1991)


Saudações, mortais desse Estranho Mundo.
Entre "Cabeça Dinossauro" (1986) e "Titanomaquia" (1993) muita coisa aconteceu aos Titãs. "Jesus Não Tem Dentes no País dos Banguelas" (1987), "Go Back" (1988) e "Õ Blésq Blom" (1989) apostaram numa sonoridade mais eletrônica que acabaram por definir a sonoridade da banda. Não vou discutir aqui a qualidade desses trabalhos, só reservo-me o direito de não apreciá-los tanto quanto aprecio "Tudo ao Mesmo Tempo Agora", de 91. Neste disco parecia que a banda estava procurando se encaixar nos anos 90, adequando seu som aos ruídos e interferências da geração anos 90. Nada fácil num cenário musical devastado pelo Plano Collor e infestado pelo breganejo/sertanojo. Mas os Titãs não sucumbiram às pressões e registraram aquele que, pra muitos críticos até hoje, é o disco mais agressivo e escatológico da banda. A faixa de abertura, "Clitóris", com sua distorção barulhenta e sua letra cheia de tabus, foi o primeiro sinal. "Filantrópico" tinha mais guitarras do que os fãs estavam acostumados a ouvir e "Isso para Mim é Perfume" e "Saia De Mim", segundo a crítica, eram puro mau-gosto. Minhas favoritas eram "Flat, Cemitério, Apartamento", com suas indagações muito curiosas, "Eu Não Sei Fazer Música", com sua proposta DYI, e a minimalista "Obrigado". "Tudo ao Mesmo Tempo Agora" fracassou comercialmente e foi desmerecido pela crítica. Foi, também, o último álbum a contar com as esquisitices de Arnaldo Antunes - pelo menos de corpo presente já que ele continuou a contribuir com a banda depois.
E é também o último disco dos Titãs que vou recomendar aqui.
"Almas atormentadas, tremei!"

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