quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Willard - Steel Mill (1992)


Saudações, mortais desse Estranho Mundo.
Sabem aquelas histórias sobre bandas que não querem fazer sucesso?
Pois é. Algumas vezes eu acredito nelas.
Por exemplo: no final da década de oitenta Seattle - e cercanias - indubitavelmente tinham uma cena própria, com bandas, público e um estilo diametralmente oposto ao que se via no mainstream da epoca e, por isso mesmo, com grande potencial. A SubPop foi a primeira a sacar isso e passou noites em clubes, bares e garagens abafadas e sem acústica para colher novos nomes em estado bruto. Quando Bruce Pavitt, representante da tal gravadora, encontrou a banda Willard não hesitou e acenou para o guitarrista Mark Spiders com um contrato pés-no-chão, mas com direito à discos e turnês. Spiders não só declinou do convite como disse aguardar ansiosamente a passagem do turbilhão Grunge. Com Spiders na guitarra, Johnny Clint (e Tad Doyle, da TAD) nos vocais, Darren Peters no baixo, e Steve Wied (membro original da TAD) na bateria a banda gravou seu primeiro e derradeiro disco: "Steel Mill", de 1992, produzido pelo mago Jack Endino. Álbum cru, rústico mesmo, lembra "Bleach", do Nirvana... Não, não: lembra Melvins! Andamentos arrastados, guitarras ruidosas, bateria truncada, baixo e vocais secos - essa era a medida que baniu - literalmente - a Willard das rádios e das apresentações ao vivo em sua terra natal.
Nada mal para uns caipirões fazendo rock com instrumentos aos cacos, hein?!
Destaque para as faixas "Hod" e "Folsom", versão extremamente perigosa para o clássico de Johnny Cash.
"Almas atormentadas, tremei!"

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