quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Gene Simmons - Asshole (2004)


Saudações, mortais desse Estranho Mundo.
Gene Simmons, ou melhor, Chaim Witz nasceu em Tirat Carmel, Haifa, Israel, no ano de 1949. Para fugir do Holocausto, mudou-se com sua família para Jackson Heights, Queens, Estados Unidos, em 57. Desembarcando na América, assumiu o nome de Eugene Klein até que no final dos anos 60 mudou definitivamente seu nome para Gene Simmons, uma homenagem mais que merecida ao herói do rocakbilly Jumpin' Gene Simmons. Ainda na adolescência, Simmons fundou suas primeiras bandas: Lynx, The Missing Links e The Long Island Sounds. Nessa época, Simmons dividia-se entre a música e o comércio de revistas em quadrinhos, o que alimentou - e muito! - sua paixão pela ficção científica, comprovada com as diversas contribuições para fanzines especializados no assunto. Passou, ainda, pela Bullfrog Bheer e Wicked Lester (com Stanley Harvey Eisen, ou melhor, Paul Stanley) até, finalmente, assentar-se na Kiss.
Milhões de desajustados e desajeitados regozijam por isso até hoje!
De opiniões sexistas, machistas e conservadoras (basta saber que ele apoiou George W. Bush e todas suas mazelas no Oriente Médio, além de ser ferrenho crítico da cultura da troca de arquivos pela Internet), Simmons não pode - e não deve - ser comparado ao seu alter-ego, o "demônio-morcego". O mesmo serve à sua carreira solo. "Asshole", segundo disco solo de Gene Simmons, deve ser avaliado apenas por sua existência e nada mais - ou então cairemos na armadilha de quer ver projetados nas obras apenas mais das nossas próprias vontades - e isso chama-se egoísmo paranóico. Com colaborações bem interessantes (que vão de Kim Deal, do Pixies e Breeders, Anne Dudley, Trevor Horn e J. J. Jeczalik, do Art of Noise, Keith Flint e Master H, do Prodigy, até Bob Kulick, Dave Navarro, Bob Dylan e Frank Zappa) o álbum vai do Hard Rock tradicional e com a típica assinatura de Simmons, como as faixas "Sweet & Dirty Love" e "Weapons Of Mass Destruction", passando por momentos mais suaves como em "Waiting For The Morning Light" e "Beautiful", até chegar em "Black Tongue", parceria com o Zappa e sua mente poderosíssima. Tem ainda uma versão para "Firestarter", do Prodigy, mostrando que Simmons andou escutando umas coisas estranhas nos últimos tempos. Como todo álbum-solo, "Asshole" divide opiniões: pra uns é uma forma de expressão "off-band", uma válvula de escape para a criatividade e uma demonstração de talento e auto-suficência artística; para outros é apenas um modo a mais para atrair a atenção e faturar alguns trocados. Em se tratando de Gene Simmons, Kiss e do Rock, aposto que é um pouco de tudo isso.
Obs.1: graças ao puritanismo patológico dos americanos o título "Asshole" foi substituído por "***hole" por quase todo CD.
Obs.2: o sr. Simmons não vai gostar nada de ver sua obra compartilhada gratuitamente nesse Estranho Mundo mas, como eu também não gosto de suas opiniões políticas e sociais, ficamos empatados.
(baixem logo antes que retirem do ar!)
Obs 3.: se eu for processado e preso por esta postagem aguardarei pacientemente qualquer doação em dinheiro dos Estranhos Visitantes visando minha defesa nos tribunais.
Mais informações aqui.
"Almas atormentadas, tremei!"

2 comentários

Myst Romanov disse...

Se eu não baixar isso eu corto os pulsos
é uma pérola *_*
Qualquer coisa, dôo todas minhas moedas pra pagar seu advogado kkkkkkkk

Abraços e parabéns pela dica

Bloody Mary disse...

Sixx está certa.
Simmons está longe de ser a pessoa mais sensata da Terra - mas que o é?
Isto posto, faço minha as palavras finais de nossa estranha visitante: minhas moedas serão suas, caso precise.

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