sábado, 16 de outubro de 2010

Strapping Young Lad - Heavy As A Really Heavy Thing (1995)


Saudações, mortais desse Estranho Mundo.
Depois de trabalhar como vocalista no álbum e na turnê de divulgação de "Sex & Religion", do exibicio-guitarrista Steve Vai, e como guitarrista (temporário) da banda The Wildhearts, Devin Townsend decidiu dar um rumo próprio à sua carreira musical. Finalmente suas demos - esquecidas numa gaveta desarrumada em algum lugar de Vancouver, Canadá - haviam sido solicitadas por um representante da A&R/Roadrunner Records, ou seja, ainda havia uma chance - mas não foi fácil: as gravações foram rejeitadas e classificadas como "apenas barulho". Townsend, então, partiu com seu material para a Relativity Records (gravadora por trás de seu trabalho com Vai) que novamente descartou o material já que o trabalho não apresentava "apelo comercial". Até que apareceu a Century Media Records que acenou para Townsend com um contrato de cinco discos em troca exatamente do que ele tinha:
álbuns extremos.
"Heavy as a Really Heavy Thing", de 95, foi a estréia do projeto "Strapping Young Lad", de Townsend. O álbum vendeu apenas 143 cópias nos primeiros seis meses, mesmo com as boas críticas que recebiam da comunidade Metal. A combinação "Metal Extremo (Thrash, Black, Grind e Death) + Progressive Metal + Metal Industrial" produzida no estilo Phil Spector de compor uma parede de som e tratando de assuntos como frustração social e religião numa perspectiva bipolar (quase esquizofrênica), misturando raiva, desprezo e ironia não agradou sequer a Townsend que apontou o registro como "um apanhado de versões-demo remixadas". Quem conhece a personalidade constantemente oscilante de Townsend (e os fortes remédios que ele é obrigado a tomar) acha que sua declaração não pode ser tomada como verdade - e quem escuta esse disco TEM CERTEZA DISSO! Da abertura doentia com "S.Y.L" aos bônus inseridos posteriormente, no relançamento de 2006 - versão disponibilizada nesta postagem (a saber: "Japan", "Monday" e uma versão para "Exciter", do Judas Priest), o que se tem aqui é um ensurdecedor e traumátcio Metal Industrial Extremo, talvez o mais insano, ousado e agressivo herdeiro da genética manipuladora de Al Jourgensen. Destaque para as inquietantes "Happy Camper", "Satan's Ice Cream Truck", "Critic" e "Cod Metal King".
Atenção: não se trata de um álbum fácil nem para adoradores do Metal, nem para os cultuadores do Industrial, por isso, muita calma antes de definirem posições.
Mais informações aqui.
"Almas atormentadas, tremei!"

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