Pagan Altar - Volume 1 (1998)
Saudações, mortais desse Estranho Mundo.
Falar da Pagan Altar é um tanto difícil pra esse ser atormentado e descrente que aqui nesse blog vos escreve. Desde minha tenra idade tenho ouvido e admirado esse álbum e essa banda como quem venera um ídolo (nesse caso, um ídolo pagão). Uma das poucas bandas da NWOBHM que teve coragem de atravessar por completo em direção ao lado sombrio do Doom Metal o grupo emergiu das sombras em 1978, em Brockley, Inglaterra. Completamente ignorados, Terry Jones (vocalista), Alan Jones (guitarrista), Luke Hunter (baixista) e Dean Jones (baterista) se apresentavam nos pequenos clubes ingleses onde podiam criar toda espécie de clima obscuro com velas, sombras, mantos ritualísticos e o que mais fosse necessário (sabe-se lá do que esses malucos eram capazes..). "Pagan Altar", de 82, foi um lançamento independente que custou os olhos da cara e as almas daqueles jovens atormentados pelo inexplicável e pelo ocultismo. Pirateado e distribuído em larga escala, somente em 98 (ou seja, dezoito inexplicáveis e intermináveis anos depois!) ganhou uma reedição digna e oficial, dessa vez entitulado de "Volume 1". Os andamentos cadenciados eram, vez por outra, atropelados por guitarras que remetiam ao bom e velho Black Sabbath e - em determinados momentos - ao Iron Maiden. "Pagan Altar", primeira faixa do disco, dava todo o clima da obra: pesada e hipnótica. A segunda música, "In the Wake of Armadeus", remete diretamente à Iommi: riffs e melodia num exemplo do que é o Heavy Metal - sem mais, nem menos. Depois dessa iniciação você já está preparado - e é aí que entra "Judgement of the Dead". O que era sombrio começa a se tornar assustador: a descrição clássica do julgamento final. Quando "Black Mass" começa com sua percussão e seu clamor por Satã (em latim!) já é tarde demais pra qualquer um e nossas almas já estão condenadas. Se você chegou até aqui, não há retorno! "Night Rider" traz o mito de Persephone trazendo para o mundo os sonho e os pesadelos - mas nem ela é capaz de livrar sua alma. Não antes que "Reincarnation" relembre-o de sua humanidade e sua finitude.
Subjetividades à parte, um disco clássico pra quem não se esqueceu do quê o verdadeiro Heavy Metal é feito: sombras e riffs.
Mais informações na página oficial da Pagan Altar.
"Almas atormentadas, tremei!"
Saudações, mortais desse Estranho Mundo.
Falar da Pagan Altar é um tanto difícil pra esse ser atormentado e descrente que aqui nesse blog vos escreve. Desde minha tenra idade tenho ouvido e admirado esse álbum e essa banda como quem venera um ídolo (nesse caso, um ídolo pagão). Uma das poucas bandas da NWOBHM que teve coragem de atravessar por completo em direção ao lado sombrio do Doom Metal o grupo emergiu das sombras em 1978, em Brockley, Inglaterra. Completamente ignorados, Terry Jones (vocalista), Alan Jones (guitarrista), Luke Hunter (baixista) e Dean Jones (baterista) se apresentavam nos pequenos clubes ingleses onde podiam criar toda espécie de clima obscuro com velas, sombras, mantos ritualísticos e o que mais fosse necessário (sabe-se lá do que esses malucos eram capazes..). "Pagan Altar", de 82, foi um lançamento independente que custou os olhos da cara e as almas daqueles jovens atormentados pelo inexplicável e pelo ocultismo. Pirateado e distribuído em larga escala, somente em 98 (ou seja, dezoito inexplicáveis e intermináveis anos depois!) ganhou uma reedição digna e oficial, dessa vez entitulado de "Volume 1". Os andamentos cadenciados eram, vez por outra, atropelados por guitarras que remetiam ao bom e velho Black Sabbath e - em determinados momentos - ao Iron Maiden. "Pagan Altar", primeira faixa do disco, dava todo o clima da obra: pesada e hipnótica. A segunda música, "In the Wake of Armadeus", remete diretamente à Iommi: riffs e melodia num exemplo do que é o Heavy Metal - sem mais, nem menos. Depois dessa iniciação você já está preparado - e é aí que entra "Judgement of the Dead". O que era sombrio começa a se tornar assustador: a descrição clássica do julgamento final. Quando "Black Mass" começa com sua percussão e seu clamor por Satã (em latim!) já é tarde demais pra qualquer um e nossas almas já estão condenadas. Se você chegou até aqui, não há retorno! "Night Rider" traz o mito de Persephone trazendo para o mundo os sonho e os pesadelos - mas nem ela é capaz de livrar sua alma. Não antes que "Reincarnation" relembre-o de sua humanidade e sua finitude.
Subjetividades à parte, um disco clássico pra quem não se esqueceu do quê o verdadeiro Heavy Metal é feito: sombras e riffs.
Mais informações na página oficial da Pagan Altar.
"Almas atormentadas, tremei!"
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