Midiático Poder (.pdf)
Renato Rovai
Tamanho: 7,68MB
Idioma: português.
Saudações, mortais desse Estranho Mundo.
Que os meios de comunicação estão mais distantes do que nunca do verdadeiro interesse público não é novidade. Também não é fato novo a realidade que cada vez mais os meios de comunicação estão sendo controlados por um pequeno número de grupos empresariais partidarizados, vinculados a interesses mercadológicos e empresariais. No livro "Midiático Poder", Rentao Rovai analisa o tema através do caso das duas tentativas de golpes ocorridas na Venezuela entre 2002 e 2003, uma midiático-militar e outra midiático-econômica (estas denominações decorrem do entendimento de que, nestes episódios, a mídia se sobrepôs aos outros setores envolvidos em cada uma das ações golpistas, assumindo o seu protagonismo). Além disso, Rovai pretende chamar a atenção para um debate sobre a democratização da mídia e a responsabilidade social dos veículos de informação.
"Os veículos de informação não podem ser livres de responsabilidades. Nem livres para utilizar quaisquer recursos ou métodos para alcançar seus objetivos nos planos político e econômico, seja quando vão a um golpe, seja quando se matam por pontos na audiência. Devem, sim, ser livres para produzir informação. Devem ser radicalmente livres. Mas precisam responder pelo que produzem, segundo critérios referentes às várias responsabilidades sociais dos diferentes meios informacionais. Veículos que receberam concessões públicas de ondas eletroeletrônicas limitadas devem se reportar a um tipo de estatuto diferente de veículos impressos ou produzidos para internet. Construir códigos e legislações que sejam eficazes para garantir a diversidade de opiniões e grupos na distribuição dos aparelhos informacionais e, ao mesmo tempo, impedir que sejam utilizados sem critérios não é censura. É dever democrático."
Esse é apenas um dos pontos. Há muitos outros.
Interessante, também, é a lista de sites sugeridos, uma nova rede informal que hoje permite um outro tipo de informação e - tal como disse o escritor uruguaio Eduardo Galeano no Fórum Social Mundial de 2001 - "como um bando de marimbondos atuando conjuntamente podem derrotar um rinoceronte". Uma rede de pequenas iniciativas, ampla e não-centralizada, que fosse capaz de se contrapor – pela sua riqueza, diversidade, seriedade e compromisso público – aos grandes conglomerados midiáticos, que estão alinhados a um projeto de mundo neoliberal. Hoje, essa utopia de muitos anos é possível de ser construída por conta dos novos recursos tecnológicos, principalmente (mas não somente) a Internet.
Documento importante pra quem se interessa por política, comunicação, mídia e pelas relações excusas entre mídia e poder.
"Almas atormentadas, tremei!"
Renato Rovai
Tamanho: 7,68MB
Idioma: português.
Saudações, mortais desse Estranho Mundo.
Que os meios de comunicação estão mais distantes do que nunca do verdadeiro interesse público não é novidade. Também não é fato novo a realidade que cada vez mais os meios de comunicação estão sendo controlados por um pequeno número de grupos empresariais partidarizados, vinculados a interesses mercadológicos e empresariais. No livro "Midiático Poder", Rentao Rovai analisa o tema através do caso das duas tentativas de golpes ocorridas na Venezuela entre 2002 e 2003, uma midiático-militar e outra midiático-econômica (estas denominações decorrem do entendimento de que, nestes episódios, a mídia se sobrepôs aos outros setores envolvidos em cada uma das ações golpistas, assumindo o seu protagonismo). Além disso, Rovai pretende chamar a atenção para um debate sobre a democratização da mídia e a responsabilidade social dos veículos de informação.
"Os veículos de informação não podem ser livres de responsabilidades. Nem livres para utilizar quaisquer recursos ou métodos para alcançar seus objetivos nos planos político e econômico, seja quando vão a um golpe, seja quando se matam por pontos na audiência. Devem, sim, ser livres para produzir informação. Devem ser radicalmente livres. Mas precisam responder pelo que produzem, segundo critérios referentes às várias responsabilidades sociais dos diferentes meios informacionais. Veículos que receberam concessões públicas de ondas eletroeletrônicas limitadas devem se reportar a um tipo de estatuto diferente de veículos impressos ou produzidos para internet. Construir códigos e legislações que sejam eficazes para garantir a diversidade de opiniões e grupos na distribuição dos aparelhos informacionais e, ao mesmo tempo, impedir que sejam utilizados sem critérios não é censura. É dever democrático."
Esse é apenas um dos pontos. Há muitos outros.
Interessante, também, é a lista de sites sugeridos, uma nova rede informal que hoje permite um outro tipo de informação e - tal como disse o escritor uruguaio Eduardo Galeano no Fórum Social Mundial de 2001 - "como um bando de marimbondos atuando conjuntamente podem derrotar um rinoceronte". Uma rede de pequenas iniciativas, ampla e não-centralizada, que fosse capaz de se contrapor – pela sua riqueza, diversidade, seriedade e compromisso público – aos grandes conglomerados midiáticos, que estão alinhados a um projeto de mundo neoliberal. Hoje, essa utopia de muitos anos é possível de ser construída por conta dos novos recursos tecnológicos, principalmente (mas não somente) a Internet.
Documento importante pra quem se interessa por política, comunicação, mídia e pelas relações excusas entre mídia e poder.
"Almas atormentadas, tremei!"
1 comentário
Mary, valeu pela indicação. Vou procurar o livro. Não devemos aceitar passivamente o domínio dessas corporações que conseguiram CONCESSÃO, algo fundamentalme oposto ao ideal da comunicação libertária que blogs como os nossos defendem e exercem.
Sandro Neiva