Amigos,Nuno Bettencourt é aquele mesmo, guitarrista português que de 85 a 96 fez parte da banda Extreme. Mas não é desse Nuno que eu vou falar. Prefiro o outro, o que gravou um álbum solo mostrando que nem só de virtuosismo se faz um guitarrista. Assim que a sua banda acabou (96) Nuno lançou seu primeiro álbum solo, "Schizophonic", disco que vinha sendo composto desde 91. Nele, Nuno deixou de lado o preciosismo virtuoso (ou seria o contrário?) e investiu nas influências alternativas. Junto com o produtor Anthony J. Resta (que já trabalhou com Duran Duran) o guitarrista não apenas escreveu a maioria das letras como também tocou todos os instrumentos em todas as faixas. É claro que o mercado esperava de Nuno o mesmo que ele apresentava em sua ex-banda - e por isso o álbum não vendeu (apesar das muitas críticas positivas). Na minha modesta opinião esse é o melhor trabalho de Nuno: autoral, diverso e despretencioso - e, por isso mesmo, surpreendente. Não espere solos técnicos, velocidades extremas nem artifícios manjados de guitarra: o que esse álbum lhes oferece é um rock alternativo recheado de bons momentos, letras pessoais e a certeza de que sempre é possível se reinventar e experimentar novas linguagens.
Ouça e conclua vocês mesmos.
Destaques para as faixas "Crave", "Gravity", "Swollen Princess" "Karmalaa" e "Severed".
Obs.: é o próprio Nuno na capa (não que isso importe..^^)
Mais informações na página oficial do Nuno.
Até mais.
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