terça-feira, 16 de setembro de 2008

Ike & Tina Turner - Sessions (197?)

Boomp3.com
Amigos,
o estranho visitante, sr. Joe Unabomber, sugeriu uma postagem sobre Ike e Tina. Ela já estava programada então eu só tive a felicidade de adiantá-la!
No dia 26 de novembro de 1939, em Brownsville, Tennessee, nascia Anna Mae Bullock. A história dessa garota começa a se tornar uma lenda quando ela e sua irmã mais velha, Alline Bullock, foram abandonadas pelo próprio pai. Não bastasse isso sua mãe separou-a de sua irmã deixando Anna aos cuidados da avó em Nutbush, Tennessee. Somente em 56, depois do falecimento de sua avó, Anna pôde retornar pra casa de sua mãe em St. Louis. Foi lá que Anna conheceu Ike, um músico que já se apresentava no bar onde sua irmã, Alline, costumava freqüentar. Ike logo notou a voz de Anna e, após insistir muito com a garota e até com sua mãe, ela aceitou o convite para cantar em sua banda. Corria o ano de 1958 quando Ike trocou o nome de Anna Mae pra Tina Turner. Dois anos depois Tina teve seu primeiro filho, fruto de um relacionamento com Raymond Hill, saxofonista da banda de Ike. Em 1962 Ike e Tina se casaram. Entre 1960 e 1970 Ike e Tina gravaram grandes hits como "A Fool In Love", "It's Gonna Work Out Fine", "I Idolize You", "Nutbush City Limits" e "River Deep - Mountain High". Ike e Tina ainda fizeram várias versões inesquecíveis para clássicos como "Proud Mary", "Come Together", "Get Back", "Respect", "Honky Tonk Woman", "I Want to Take You Higher" e "Whole Lotta Love". Tina Turner e as backing vocals, conhecidas como "The Ikettes", faziam uma performace eletrizante e despertavam cada vez mais a atenção do público e da crítica, mas era Ike quem gerenciava tudo: do repertório à agenda de shows, do figurino à coreografia, dos contratos até as contas bancárias de Tina e de todos os outros integrantes de sua banda. As coisas começaram a ruir quando Ike passou a ter problemas com bebidas e drogas. Seu comportamento instável somado à insegurança de "liderar" uma banda que tinha como estrela principal sua esposa (e não ele próprio) fizeram as relações entre eles degringolarem. Aos poucos os músicos de sua banda foram deixando-o, ao mesmo tempo em que Tina passava a ser agredida rotineiramente. Com tantos problemas a carreira dos dois passava por dificuldades e Ike culpava Tina pelos fracassos que ocorriam naquele período. Nos anos 70 o casamento de Ike e Tina tinha se tornado uma verdadeira prisão para ela, com direito a violência e humilhações. "Proud Mary" foi gravada nessa época e foi um alívio que a canção tenha se tornado um sucesso - só isso aplacava a ira de Ike. Em 73 Tina compôs sua primeira música: "Nutbush City Limits". Tina ainda chegou a participar do filme Tommy cantando sozinha - sem Ike - "Acid Queen". Isso irritava ainda mais Ike que despejava sobre Tina a culpa pelas quedas nas vendas dos discos e shows. Pouco antes de uma apresentação em Dallas, Tina, agredida novamente, decidiu deixar Ike. Fugiu e se escondeu na casa de amigos pois sua própria família estava do lado do marido agressor. Após 18 anos de casamento, Tina se separou de Ike legalmente, exigindo apenas o seu nome artístico, que, segundo ela, tinha lutado muito por ele. Não houve partilha de bens, nem acordo financeiro, nem indenizações. Tina ainda deixou todas as suas roupas e suas jóias a Ike. Para ganhar a vida, Tina decidiu fazer faxina na casa de amigos e partir para carreira solo, com apresentações em alguns programas e quadros de TV como The Hollywood Squares, Donny and Marie, The Sonny & Cher Comedy Hour.
Pois é, estranhos amigos.. quem disse que vida de artista é fácil? Pra essa resenha não terminar num clima ruim selecionei pra vocês minhas músicas favoritas dessa estrela: "Funkier than a mosquito's tweeter", "Bold Soul Sister" e "I Smell Trouble". Nessas músicas ela mostra todo seu talento transitando com muita qualidade entre o funk, o blues e o soul. Ah! O álbum eu não sei de quando é, só sei que é muito bom! A capa também não é a original, mas tudo bem. Destaco, além da faixa "Give me your Love", do player, as músicas "My Baby Now", "If I Can´t be First" e "He´s the One". Imperdíveis!
Até mais.

3 comentários

Anônimo disse...

Mary, escelente postagem essa de hoje. Acho muito bom quando você põe esses links para assistirmos aos vídeos. Sei que isso é muito trabalhoso, mas o resultado vale a pena. Parabéns pelo trabalho e boa sorte ao novo colaborador.
Ricardo Casares.

Anônimo disse...

Saudações, Ricardo.
Muito obrigado pelo comentário e pelas boas-vindas. Se esse é um mundo estranho, então aqui também é meu lugar. Os posts da Mary é sempre bem preparado e os cuidados que ela tem ao selecionar vários vídeos mostra bem isso (Mary tá de parabéns mesmo!). Agora, só faltou saber de quando é esse disco né, dona! :) Brincadeiras à parte, mais um belo trabalho: parabéns.

Bloody Mary disse...

Ricardo, muito obrigada pelo comentário. Como eu gosto de assistir a esses vídeos, acredito que mais alguém deva gostar também (ou serei a única estranha?). Enfim, é sempre bom saber que alguém tá nos visitando, lendo e participando com a gente desse Estramho Mundo. E, Hell: joga no Google! huahuahuauha

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