sábado, 16 de julho de 2011

Sigue Sigue Sputnik - Flaunt It (1986)

Amigos,
o baixista Tony James, depois que sua banda original - a Generation X - deixou de existir e depois de tocar com a Lords of the New Church, decidiu arriscar tudo numa "fantasy band", algo que misturasse Glam Rock (New York Dolls), New Wave (Suicide), ficção científca (futurismo pós apocalíptico) e e até filosofia (distopia). Com Martin Degville (o mentor do figurino da banda) nos vocais, Neal X nas guitarras, Ray Mayhew e Chris Kavanagh nas baterias e Miss Yana Ya Ya nos efeitos formaram a Sigue Sigue Sputnik - uma espécie de sobreposição de música e efeitos especiais dos filmes favoritos dos integrantes da banda na época (Larânja Mecânica, O Exterminador do Futuro, Mad Max e Blade Runner). Os singles "Love Missile F1-11", e "21st Century Boy" prepararam o caminho para o disco "Flaunt It". O álbum continha pequenos anúncios entre as faixas (dizem que vendidos de US$2,500 à US$7,000) que iam da revista I-D Magazine, NeTWork 21, Tempo e Studio Line (da L'Oréal) - havia ainda um anúncio fantasma da Sputnik Corporation cujo slogan era "Pleasure is our Business". A idéia causou muita discussão e mesmo com as declarações de James (dizendo que as inserções tornavam a banda um pouco mais honesta - já que do capitalismo ninguém conseguiria escapar mesmo) a imagem da SSS ficou indefinida, equilibrando-se entre o ciberglam-rock e a paródia. Isso refletiu nas críticas da época e no pouco público presente às apresentações. No final das contas o conceito de "hi-tech sex", "designer violence" e "quinta geração do rock 'n' roll" acabou se perdendo. Particularmente tenho esse álbum entre os meus "clássicos". Adoro tudo nele: da capa às músicas, das letras aos anúncios. Destaque para a faixa "Atari Baby (Uzi Baby)".
Talvez isso explique um pouco porque eu sou assim..
Mais informações aqui.
Até mais.
Sigue Sigue Sputnik - Flaunt It (1986)

5 comentários

Celso Augusto, O autor dos rebentos disse...

Ótimo disco, trouxe excelente lembranças dos fins dos anos 1980, e tudo o que foi citado, vivi bem (Blade Runner, para minha pessoa, um dos melhores filmes que já foi concebido até hoje).
Tenho o vinil de Flaunt it até hoje, curtiamos o frenesi louco de seu post-punk eletrônico no Morcegóvia (antigo Madame Satã, que voltou a sê-lo depois) no Bixiga em SP, muito boa a lembrança.

Hellraiser disse...

Saudações, Mary.
Faço minhas as palavras do comentário anterior. Ainda me lembro do vinil da SSP na prateleira de discos, despertando a curiosidade de uma geração que dava os primeiros passos na New Wave, no Pós-Punk e até no SynthRock.
Não tenho mais o original - o tempo o consumiu. Mesmo assim as lembranças permanecem.
Excelente postagem.

Myst Romanov disse...

Estou tão contente em ver essa rariadade aqui Mary, meus olhos devem estar até brilhando.
Só não tem como chamar mais atenção do que o SSP! kkk


Adorei, kisses

Anônimo disse...

é impressionante o alcance dessa banda cyber. mas resumiu-se neste álbum apenas

Bloody Mary disse...

É verdade.
E olha que segundo informações oficiais o segundo disco da SSS só vendeu bem no Brasil..
Eu não cheguei a conhecê-lo na época - só depois, via Internet..

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