sábado, 26 de março de 2011

Neil Young - Mirrorball (1995)


Saudações, mortais desse Estranho Mundo.
Entre janeiro e fevereiro de 95, no Bad Animals Studio, em Seattle, Neil Young e Pearl Jam se reuniram para registrar algumas idéias que haviam surgido onze dias antes, numa performance em que a banda e o artista realizaram juntos pela direito ao aborto. Na verdade bastaram quatro dias (26 e 27 de janeiro e 7 e 10 de fevereiro) para que as gravações fossem realizadas, a maioria composta exclusivamente por Young. A sonoridade crua do disco (afinações, equalizações e masterização) somada ao clima de ensaio captado nas conversas entre as faixas e nos encerramentos cheios de microfonia mostram que o álbum remete ao rock básico, despretencioso, amparado pela bateria competente de Jack Irons e pelas densas guitarras de Stone Gossard e Mike McCready. As letras de Young sobre idealismo e realidade e a distância que separa as gerações dos anos 60 e 90 nada mais são do que variações da sua interpretação do mundo - o que as tornam únicas. "Song X" e "Act of Love", por exemplo, tratam da questão do aborto, enquanto "Downtown" cita Jimi Hendrix e Led Zeppelin. Eddie Vedder, vocalista do Pearl Jam, participou pouco do registro: sua voz aparece em alguns backin vocais e na faixa "Peace and Love", única parceria com Young. "I Got Id" e "Long Road", outras duas faixas escritas por Vedder, acabaram ficando de fora desse álbum e figuram no EP "Merkin Ball", do Pearl Jam.
Mais informações aqui.
"Almas atormentadas, tremei!"

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