terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Must be Musique (1992)


Amigos,
John Watermann nasceu em Berlim, em 1935. Era fotógrafo, pintor, compositor, produtor musical, artista performático e diretor de videoclips e curtasmetragens. Através de seu estilo próprio de compor com fonografias (captações de áudio feitas fora dos estúdios) e tratamentos eletrônicos, e escondido atrás de apelidos como Radio Mull, Spinal Machine e Total Disease, Watermann trabalhou com diversos artistas diversificando sua obra e influenciando artistas de diferentes gerações.
Asmus Tietchens (às vezes Achim Stutessen, Assistent Meusch, Club Of Rome, Hans Tim Cessteu, Hematic Sunsets, Mischa Suttense, Sam 'The Cute' Sins, Stu 'Snatch' Seemi ou Tussi Schemante) é um músico alemão que, inspirado por Stockhausen, busca exercer a música através de um processo quase matemático, a "música absoluta". Especializado em padrões irregulares, Tietchens cria texturas sonorase colagens abstratas.
John Murphy (muitas vezes identificado por Kraang, My Father Of Serpents, Ophiolateria ou Shining Vril) é australiano e desde os anos 80 vem trabalhando com diversos artistas de Pós-Punk, Ambient e Industrial Music (Lustmord, Death In June, Sword Volcano Complex e Gene Loves Jezebel - entre outros). Hoje, Murphy atua em parceria com o trio Knifeladder e Foresta Di Ferro em seus projetos que envolvem trilhas e paisagens musicais etéreas e eletrônicas.
O trio Sigillum S (que também atende por Apocalypse Fanfare, Helix6) formado por Paolo Bandera, Eraldo Bernocchi e Luca Di Giorgio mistura música étnica e instrumentos eletrônicos, guitarras e sintetizadores, arte visual e textual, numa experiência sonora que vai além dos limites da música.
Mason Jones, o Trance (ou Dada Fish, Mason Jones, Numinous Eye, White Rose), trabalhou com Jim O'Rourke, Joe Papa, Evolution Control Committee, Elden M., Annabel Lee e Sam Lohmann - entre outros. Já adianto que seu nome nada tem a ver com o gênero homônimo.
John Duncan é a mente por trás do CV Massage. Mestre das experimentações ruidosas das últimas décadas, Duncan envolve em seu trabalho a arte conceitual e as gravações ambientais. Um verdadeir mestre do barulho.
Esses são os nomes que figuram na compilação "Must be Musique", da Dark Vinyl Records. Uma pequena amostra das experiências sonoras levadas além dos limites da música. Confesso que não se trata de um álbum para iniciantes, alguém cujos padrões estéticos baseiem-se apenas nas formas convencionais de expressar através dos sons. Não que isso seja demérito - mas não é o caso aqui. Mesmo assim, fica a dica pros aficcionados do barulho, das experimentações e curiosos em geral.
Amostras dessa esquisitice aqui.
Até mais

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