Clara Rockmore
The Art of the Theremin (1977) - Clara Rockmore's Lost Theremin Album (2006)
Saudações, mortais desse Estranho Mundo.
The Art of the Theremin (1977) - Clara Rockmore's Lost Theremin Album (2006)
Saudações, mortais desse Estranho Mundo.
Quando o russo Lev Sergeyevich Termen apareceu com seu novo instrumento musical (algo entre 1919 e 1928) os britânicos do alto de sua tradicionalidade ficaram se perguntando "que diabos era aquilo?". Não era pra menos afinal aquela caixa com antenas ligada na eletricidade e que produzia um som parecido com o do violino sem que sequer fosse necessário tocá-la fisicamente (bastava aproximar-se e regê-la como um maestro) desencadeou todo o processo do que hoje chamamos de "música eletrônica", aquela feita com instrumentos elétricos - não o "putz-putz".
Hoje em dia o teremim (nome em homenagem ao seu criador), vez ou outra cruza os palcos com bandas que buscam sonoridades diferentes - ou apenas novas brincadeiras musicais. Mas nem sempre foi assim. Termen (que havia sido espião da inteligência soviética) queria que seu instrumento chegasse até o povo, algo inviável graças à dificuldade que era tocar aquela geringonça surreal. Mesmo assim o teremim ganhou as telas dos cinemas (principalmente nos filmes de terror, ficção científica e suspense) e as salas de concerto. Com Clara Rockmore, notável aluna do Conservatório de São Petersburgo, o teremim ganhou respeito e admiração. Seu ouvido absoluto e estilo próprio herdado do violino (que ela teve que abondonar graças à problemas nos ossos, frutos de uma malnutrida infância) combinava velocidade, precisão e controle. Ter trabalhado com o próprio Termen também facilitou as coisas para Rockmore que, inclusive, contribuiu sugerindo aperfeiçoamentos e desenvolvimentos maiores no instrumento. Sempre com o suporte da irmã, a pianista Nadia Reisenberg, Clara levou o teremim à Philadelphia Orchestra e à Filarmônica de Nova Iorque, excursionava e se apresentava com status de virtuose instrumentista, até que em 75, convencida por ninguém menos que Robert Moog (sim! o próprio!), decidiu gravar "The Art of the Theremin". Lançado em 1977 o registro de meras 12 faixas é considerado obra-prima e conta com um clássico, com Rachmaninoff (Vocalise), Stravinsky e Tchaikovsky (Valse Sentimentale). Trinta anos depois a Bridge Records, especializada em música clássica do século XX, lançou "Clara Rockmore's Lost Theremin Album". Com um repertório tão bom quanto o primeiro - mas mais reconhecível aos ouvidos medianos como os nossos -, contém, entre outras faixas, "Air", de Mattheson, Villa-Lobos e Schubert. Se você espera o teremim apenas fazendo efeito e ruido, esqueça: com Rockmore ele soa clássico como a mistura entre cello, violino e voz humana.
Hoje em dia o teremim (nome em homenagem ao seu criador), vez ou outra cruza os palcos com bandas que buscam sonoridades diferentes - ou apenas novas brincadeiras musicais. Mas nem sempre foi assim. Termen (que havia sido espião da inteligência soviética) queria que seu instrumento chegasse até o povo, algo inviável graças à dificuldade que era tocar aquela geringonça surreal. Mesmo assim o teremim ganhou as telas dos cinemas (principalmente nos filmes de terror, ficção científica e suspense) e as salas de concerto. Com Clara Rockmore, notável aluna do Conservatório de São Petersburgo, o teremim ganhou respeito e admiração. Seu ouvido absoluto e estilo próprio herdado do violino (que ela teve que abondonar graças à problemas nos ossos, frutos de uma malnutrida infância) combinava velocidade, precisão e controle. Ter trabalhado com o próprio Termen também facilitou as coisas para Rockmore que, inclusive, contribuiu sugerindo aperfeiçoamentos e desenvolvimentos maiores no instrumento. Sempre com o suporte da irmã, a pianista Nadia Reisenberg, Clara levou o teremim à Philadelphia Orchestra e à Filarmônica de Nova Iorque, excursionava e se apresentava com status de virtuose instrumentista, até que em 75, convencida por ninguém menos que Robert Moog (sim! o próprio!), decidiu gravar "The Art of the Theremin". Lançado em 1977 o registro de meras 12 faixas é considerado obra-prima e conta com um clássico, com Rachmaninoff (Vocalise), Stravinsky e Tchaikovsky (Valse Sentimentale). Trinta anos depois a Bridge Records, especializada em música clássica do século XX, lançou "Clara Rockmore's Lost Theremin Album". Com um repertório tão bom quanto o primeiro - mas mais reconhecível aos ouvidos medianos como os nossos -, contém, entre outras faixas, "Air", de Mattheson, Villa-Lobos e Schubert. Se você espera o teremim apenas fazendo efeito e ruido, esqueça: com Rockmore ele soa clássico como a mistura entre cello, violino e voz humana.
Lev Sergeyevich Termen faleceu em 03/11/1993.
Clara Rockmore faleceu em 10/05/1998.
O teremim ainda vive!
O teremim ainda vive!
Mais informações aqui.
"Almas atormentadas, tremei!"
1 comentário
Caranba, Hell!
Essa foi profunda!
Não era bem "esse" teremim clássico que eu tinha imaginado ...
Mas que é ESTRANHO, isso é!!
Desenvolvido por um ex-espião, foi parar nos cinemas, nas salas de concertos e, agora, nos palcos com as bandas!
Gostei da postagem!