Saudações, mortais desse Estranho Mundo.
Nada de vampiros (e)modernosos, efeitos computadorizados ou sustos fáceis.
"O Iluminado", a história de John "Jack" Torrance, um ex-professor e alcoólatra, perturbado pelo passado e inseguro quanto ao futuro, que aceita o cargo de zelador de um hotel isolado pelo inverno do Colorado, em nada pode ser reduzida ao que hoje aceita-se como "terror". A trama escrita por Stephen King, dirigida magistralmente por Stanley Kubrick e genialmente interpretada por Jack Nicholson mostra a degradação mental de John "Jack" Torrance, causada pelo isolamento - ou haveriam outros motivos? - e sua relação com reencarnação, predestinação e previsão do futuro. Mesmo o Hotel Overlook, ambiente em que se desenrola o enredo, tem, com seus carpetes, salões vazios, iluminação e acústica, mais personalidade do que a maioria dos elencos dos filmes atuais - sem contar as manipulações de ambiente que o hotel/personagem realiza no decorrer do filme. As lacunas deixadas por Kubrick - sua marca pessoal - tornam a história ainda mais incômoda, mais perturbadora. Créditos, ainda, para as gêmeas Grady, para a cena em que Nicholson/Jack coloca seu rosto por uma abertura feita na porta com machadadas e diz a imortal frase "Here's Johnny!", para a cena do urso (?!) e para Tony, amigo imaginário do pequeno Danny Torrance, e seu bordão "Redrum...Redrum!" (assassinato, em inglês, de trás pra frente).
Um clássico do terror-psicológico fetio por/para gente grande!
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"Almas atormentadas, tremei!"
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