sábado, 13 de novembro de 2010

Jonny Greenwood - Bodysong (2003)


Saudações, mortais desse Estranho Mundo.
Escrevendo mais uma página da série "guitarristas que admiramos", eis que trago e copartilho "Bodysong", primeiro disco solo do senhor Jonny Greenwood. Nascido e batizado Jonathan Richard Guy Greenwood, em Oxford, Inglaterra, no ano de 1971, Jonny ganhou notoriedade assinando as guitarras e as experimentações eletrônicas do Radiohead. Multiinstrumentista e compositor criativo, Greenwood é fã de Dub (o que explica seu vício em mixagens e eletrônicos) e já trabalhou com Bryan Ferry, a banda Pavement, Bernard Butler (Suede) e Michael Stipe (REM), comprovando sua relevância e competência. Seu talento, diga-se de passagem, baseia-se não no tocar convencional da guitarra (Greenwood não é um guitarrista de solos, riffs, técnica etc) mas sim na criatividade com que ele executa, coleta e organiza sons, sejam eles naturais ou sintetizados, de modo que o resultado final é sempre uma paisagem sonora interessante, cheia de detalhes e tão intensa que quase podemos tocar. "Bodysong" é, na verdade, a trilha que Greenwood compôs para o documentário de mesmo nome, dirigido por Simon Pummell. O filme trata da vida e da condição humana, do nascimento à morte, sem recorrer a nenhum diálogo, só o que se tem são imagens e a trilha de Greenwood. Misturando coisas eletrônicas (que sim, se parecem muito com as experimentadas no Radiohead) com veias jazzísticas, clássicas, muito eco e sons desconexos, "Bodysong" com certeza agradará aos fãs da sua banda original e aqueles que estão sempre em busca de novos horizontes musicais. "Moon Trills", por exemplo, lembra coisas da fase "Kid A / Amnesiac". "Iron Swallow", por sua vez, demostra a proximidade de Greenwood com a música clássica e seus temas. Já "Clockwork Tin Soldiers" comprova que dentro da cabeça de Greenwood soam coisas muito estranhas - e isso é ótmo! "Convergence" é mais percussiva, uma face do guitarrista que eu desconhecia. "Peartree" e "Splitter" são minhas favoritas. A primeira por ser sombria, a segunda por ser puro free-jazz.
Mais informações aqui.
"Almas atormentadas, tremei!"

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