terça-feira, 19 de outubro de 2010

Noam Chomsky - O lucro ou as pessoas - (2002)

Noam Chomsky
Tamanho: 997.95KB.
Idioma: português.


Amigos,
lingüista, filósofo e ativista político, Avram Noam Chomsky destaca-se pelas posições políticas de esquerda e pela sua crítica da política externa dos Estados Unidos. "Socialista Libertário", como gosta de se definir, Chomsky contribui com seu discurso racional e crítico da Psicologia à Computação, passando pelos meios de comunicação, terrorismo, anarcossindicalismo, socialismo e é claro, pelo capitalismo.
Em "O lucro ou as pessoas", Chomsky evidencia porque o caráter liberal do capitalismo é estruturalmente falho e moralmente maléfico em uma análise profunda dos sistemas das democracias capitalistas e da ameaça neoliberal (pra quem AINDA não sabe (^^) "neo-liberalismo" refere-se a "um conjunto de políticas e processos que permitem a um número relativamente pequeno de interesses particulares controlar a maior parte possível da vida social com o objetivo de maximizar seus benefícios individuais" - perguntem aos demotucanos que eles entendem muito bem disso!). Baseada nas políticas de livre mercado - que incentivam o empreendimento privado e a escolha do consumidor, premiam a responsabilidade pessoal e a iniciativa empresarial em oposição à intervenções dos governos tidos como "incompetentes", "burocráticos" e "parasitários" a política neoliberal prega que "a prosperidade chegará inevitavelmente até as camadas mais amplas da população desde que ninguém se interponha", exigindo uma fé mais que religiosa na infalibilidade do mercado desregrado e sem limites. O neo-liberalismo, ou o “capitalismo sem luvas” como pode ser personificado, tenta igualar "antimercado" à "antidemocrático" num ambiente de democracia eleitoral formal mas no qual a população é afastada da informação e afastada da participação significativa na tomada das decisões.
Isso lhe soou familiar?
Uma cidadania despolitizada, marcada pela apatia e pelo cinismo.
Por outro lado, para que a democracia seja efetiva é necessário que as pessoas se sintam ligadas aos seus concidadãos e que essa ligação se manifeste por meio de um conjunto de organizações e instituições extra-mercado. Uma cultura política vibrante precisa de grupos comunitários, bibliotecas, escolas públicas, associações de moradores, cooperativas, locais para reuniões públicas, associações voluntárias e sindicatos que propiciem formas de comunicação, encontro e interação entre os concidadãos. Só assim deixaremos de ser "consumidores", respeitados pelo que temos, para trajarmos de vez as vestes de "cidadãos", respeitados pelo que somos.
Até mais.

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