A Means To An End - The Music Of Joy Division (1995)Saudações, mortais desse Estranho Mundo.
A mistura de punk, música eletrônica, Velvet Underground, David Bowie, Sex Pistols, Iggy Pop e Doors fomentada por Ian Curtis, Bernard Albrecht, Peter Hook e Stephen Morris de 76 à 80 deixou um legado ingegável que pode ser observado em grandes nomes como Radiohead, Smashing Pumpkins, Nine Inch Nails - sem contar nas infindáveis e quase indiferenciáveis bandas do Hype 2000. Com a angústia como matéria criativa, a epilepsia como estigma e o pós-punk como pano de fundo a Joy Division - nome inspirado na área nazista em que mulheres judias eram oferecidas como escravas sexuais - até hoje é uma das bandas mais influentes da cena inglesa. Prova disso pode ser conferida em "A Means to an End: The Music of Joy Division", álbum tributo à um dos nomes mais fortes da poesia obscura, depressiva e claustrofóbica. Da faixa de abertura - com Girls Against Boys interpretando "She's Lost Control" - passando pelo eletrônico Moby com "New Dawn Fades", pelos mestres do slowcore Low, com "Transmission", e Codeine, com "Atmosphere", até chegar em grandes nomes como Starchildren (projeto paralelo de Billy Corgan) interpretando Isolation, o disco é uma aula de como o rock pode ser ao mesmo tempo introspectivo e explosivo
e a arte é, quase sempre, despretenciosa e sempre atemporal.
"Almas atormentadas, tremei!"
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