Iron Maiden - Iron Maiden (1980)
Saudações, mortais desse Estranho Mundo.
Postagem mais do que saudosista esta, dirão todos. Mas depois de ouvir ao mais recente trabalho do Iron Maiden não pude me conter em ouvir e reouvir os primeiros lançamentos da banda que foi o marco da retomada do Heavy Metal nos anos 80. Neles, Paul Di´Anno e seu vocal raçudo dava forma às composições do então jovem e ousado baixista Stephen Percy Harris. "Prowler", pra mim, é como a Donzela de Ferro deveria soar: crua e precisa. Até hoje é minha segunda faixa favorita da banda (a primeira é "Wrathchild", do segundo disco). "Remember Tomorrow" já mostrava que além das duas características citadas acima, Harris tinha outros ases escondidos nas mangas: passagens climáticas que alternavam riffs pesados e detalhes sutis. "Running Free" hipnotiza pelo andamento e pela letra extremante catártica que fala sobre liberdade. "Phantom of the Opera" acelera o andamento de novo e recoloca o Iron a milhas e milhas das demais bandas da época, graças à combinação de inpiração, criatividade, pegada e técnica - sempre muito difícil de ser obtida. "Transylvania" e "Strange World", não por acaso, vêm uma após a outra. A primeira é um murro na cara de tanta vontade e energia. As guitarras cavalgando, os riffs exatos, a mudança de andamento, tudo é perfeito pra banger nenhum reclamar. A segunda é suave, envolvente e surpreendente. Recomendo sempre a audição das duas na seqüência. Diz a lenda que "Sanctuary" nem figurava originalmente no tracklist desse álbum (Harris a guardou para turbinar o lançamento seguinte). Mas uma música que fala sobre fugir da polícia não deve nunca ficar de fora! "Charlotte the Harlot" é uma provocativa faixa sobre uma meretriz que, no final das contas, se mostrava sempre mais forte que os valentões da redondeza. Fecha o registro o hino que leva o nome da banda. "Iron Maiden" me assusta ainda hoje! As guitarras mantinham-se fiéis à personalidade musical desenvolvida por Dave Murray e Dennis Stratton mas a bateria de Clive Burr se aproxima muito do hardcore emergente daqueles dias. Sei que isso pode soar como heresia para muitos mas, na minha opinião, é a cereja desse primeiro bolo que a "Dama de Ferro" (termo que pra mim se encaixa melhor no contexto da banda) deixou pra nós.
Pode ser que daqui alguns anos esse rebento de 2010 soe melhor aos meus ouvidos, atice minha curiosidade e interesse e conquiste alguma(s) menção(ões) honrosa(s) de minha parte.
Por enquanto, mesmo tendo se passado 30 anos,
permaneço na era Paul Di`Anno.
"Almas atormentadas, tremei!"
Saudações, mortais desse Estranho Mundo.
Postagem mais do que saudosista esta, dirão todos. Mas depois de ouvir ao mais recente trabalho do Iron Maiden não pude me conter em ouvir e reouvir os primeiros lançamentos da banda que foi o marco da retomada do Heavy Metal nos anos 80. Neles, Paul Di´Anno e seu vocal raçudo dava forma às composições do então jovem e ousado baixista Stephen Percy Harris. "Prowler", pra mim, é como a Donzela de Ferro deveria soar: crua e precisa. Até hoje é minha segunda faixa favorita da banda (a primeira é "Wrathchild", do segundo disco). "Remember Tomorrow" já mostrava que além das duas características citadas acima, Harris tinha outros ases escondidos nas mangas: passagens climáticas que alternavam riffs pesados e detalhes sutis. "Running Free" hipnotiza pelo andamento e pela letra extremante catártica que fala sobre liberdade. "Phantom of the Opera" acelera o andamento de novo e recoloca o Iron a milhas e milhas das demais bandas da época, graças à combinação de inpiração, criatividade, pegada e técnica - sempre muito difícil de ser obtida. "Transylvania" e "Strange World", não por acaso, vêm uma após a outra. A primeira é um murro na cara de tanta vontade e energia. As guitarras cavalgando, os riffs exatos, a mudança de andamento, tudo é perfeito pra banger nenhum reclamar. A segunda é suave, envolvente e surpreendente. Recomendo sempre a audição das duas na seqüência. Diz a lenda que "Sanctuary" nem figurava originalmente no tracklist desse álbum (Harris a guardou para turbinar o lançamento seguinte). Mas uma música que fala sobre fugir da polícia não deve nunca ficar de fora! "Charlotte the Harlot" é uma provocativa faixa sobre uma meretriz que, no final das contas, se mostrava sempre mais forte que os valentões da redondeza. Fecha o registro o hino que leva o nome da banda. "Iron Maiden" me assusta ainda hoje! As guitarras mantinham-se fiéis à personalidade musical desenvolvida por Dave Murray e Dennis Stratton mas a bateria de Clive Burr se aproxima muito do hardcore emergente daqueles dias. Sei que isso pode soar como heresia para muitos mas, na minha opinião, é a cereja desse primeiro bolo que a "Dama de Ferro" (termo que pra mim se encaixa melhor no contexto da banda) deixou pra nós.
Pode ser que daqui alguns anos esse rebento de 2010 soe melhor aos meus ouvidos, atice minha curiosidade e interesse e conquiste alguma(s) menção(ões) honrosa(s) de minha parte.
Por enquanto, mesmo tendo se passado 30 anos,
permaneço na era Paul Di`Anno.
"Almas atormentadas, tremei!"
2 comentários
AMO Iron... Tem como não amar um petardo desse? Curto o Di Anno, mas confesso q admiro demais o Bruce Dickinson. Me abstenho de comentários sobre a era Blaze... mas continuo amando a banda. Longa vida ao heavy metal, como o conhecemos um dia!
Hell, Jessy,
acho que a troca de Di´Anno para Dickinson foi a senha pra transformar o Iron de uma grande banda, numa super-banda de alcance e repercussão mundial. Não acho nada de errado com nenhum dos vocais (nem mesmo o do Blaze Bayle - se bem que só o ouvi em X-Factor), só acho que eles representam fases distintas do grupo.
No mais, dá mesmo saudade dos primeiros discos da banda, isso é fato!
Valeu, Hell!