Riblja Čorba - Lutka sa Naslovne Strane (Single 1978)

Riblja Čorba - Lutka sa Naslovne Strane (Single 1978)

Saudações, mortais desse Estranho Mundo.
No Brasil da década de 70 não se tinha notícias do rock feito na Iugoslávia. Pra ser sincero não se tinha notícias nem mesmo da própria Iugoslávia naquela época! Mas por lá já haviam garotos interessados nessa forma musical de expressar sentimentos tão pessoais (como a raiva, a ansiedade e a frustração) quanto universais (liberdade, diversão e prazer). Um deles era Bora Đorđević, vocalista, guitarrista e compositor nas horas vagas. Foi ele quem, em agosto de 78, reuniu seus conhecidos Rajko Kojić (guitarrista), Miša Aleksić (baixista) e Miroslav "Vicko" Milatović (baterista) e formou a "Riblja Čorba". Ao pé da letra o nome da banda quer dizer "ensopado de peixe" (ou algum prato semelhante feito à base da mesma iguaria) mas por aquelas bandas "Riblja Čorba" era uma gíria para "menstruação". Aliás, Đorđević e seus amigos sempre primaram pelas letras irônicas, politizadas e críticas. Com menos de um mês de existência a banda já estava se apresentando pelas redondezas e, com mais alguns dias, estavam lançando "Lutka sa naslovne strane", ou "A boneca da capa", em bom português. O single levava, de um lado, a faixa-título que falava de uma garota disposta a tudo para alcançar a fama, e de outro a música "On i njegov BMW", ou "Ele e sua BMW", sobre um "mauricinho" local. Musicalmente as duas faixas apresentam influências do Hard Rock e até um pouco de Glam Rock - mas o charme fica pelas letras cantadas no idioma pátrio do grupo. O registro repercutiu bem e é o único da banda como um quarteto (pouco depois desse lançamento o guitarrista Momčilo Bajagić foi integrado à banda).
Como toda boa banda de rock a Riblja Čorba meteu-se em diversas confusões (como quando numa de suas primeiras turnês uma garota de 14 anos foi pisoteada graças à superlotação de um de seus shows) mas a banda sofreu mesmo foi com a perseguição política - muitas de suas músicas foram censuradas, alguns de seus discos foram boicotados e diversas de suas letras serviram de pretexto para que as "autoridades" os acusassem de "desviantes", "alienados" e coisas do tipo.
A banda continua na ativa até hoje (2009) provando que "o que não mata, fortalece".
Mais informações na página oficial da banda.
"Almas atormentadas, tremei!"