segunda-feira, 6 de julho de 2009

Iggy Pop - Préliminaires (2009)

Amigos,
na França, sua terra natal, Michel Houellebecq é um escritor maldito. Para muitos não passa de um escritor medíocre e apelativo. Para outros, alguém que consegue uma identificação com os mais jovens. Pois bem, foi inspirado pela obra de Houellebecq, mais especificamente pelo livro "A Possibilidade de uma Ilha" (uma estranha análise da humanidade sob o ponto de vista de um "neohumanos") que Iggy Pop se reinventa. Com mais de 60 anos o avô do Punk lançou-se num terreno novo, o álbum "Préliminaires", repleto de agressividade, loucura e melancolia, abordando a morte - não a morte glamourosa, pregada pelos góticos, mas sim a simples, nua e crua finitude humana. Mesclando a nostalgia das canções francesas a arranjos e interpretações modernas, Iggy apresenta-se com "Les Feuilles Mortes", com poesia de Jacques Prévert, tratando da morte que separa duas pessoas que se amam. Depois vêm “I Want To Go To The Beach” e “How Insensitive”, uma provocativa versão para "Insensatez", de Tom Jobim. “Nice To Be Dead” mostra que por tráz de toda nova aura do projeto ainda está Iggy, o mesmo responsável por inserir personalidade e muito desconforto auditivo ao rock.
Não se trata de uma unanimidade (muitos de meus amigos não gostaram desse álbum) mas eu - fã declarada do velho "Iguana", posso garantir: "Préliminaires" é um grande disco indicado aos que gostam de experimentar e que preferem ver seus ídolos arriscarem projetos novos à "revisitarem-se" à cada disco.
Mais informações na página oficial do álbum.
Até mais.

1 comentário

Psilocybe disse...

Poxa, eu gosto muito do Iggy, principalmente dos "Stooges". Fui no show dele em São Paulo! Falando em Iggy, eu acho muito bom o "Lust for Life" e o "Idiot" - são os meus preferidos! Diga-se de passagem, com parceria do David Bowie, meu artista favorito! Bem, é isso! KISSES!

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