quinta-feira, 31 de julho de 2008

Wander Wildner - Baladas Sangrentas (1996)

boomp3.com
Amigos,
o que pode resultar da mistura de punk rock com Valdick Soriano? Não se preocupem em descobrir a resposta pois Wander Wildner é a solução! Desde que sua antiga e lendária banda "Replicantes" encerrou suas atuações, esse gaúcho de Venâncio Aires lançou-se numa carreira solo, misturando todas as influências punk obtidas ao longo da carreira e, pasmem, acrescentando a tudo isso, uma pitada de breguisse de primeira! E não é que ficou muuuuito bom!! Bem-humorado, com um Q de "bang-bang à italiana", saca? Com um portunhol metido à "bandolero", as situações mais absurdas, sempre caricatas, sempre exageradas, e sempre punk! Um álbum recomendadíssimo pra quem curte rock, diversão, bom-humor e, é claro, Wander Wildner, como ele mesmo gosta de se classificar "um pouco Wando, um pouco wild"!
Sobre o álbum:

- "Ustê" abre o disco com um "Django" abrindo o coração. Num portunhol propositadamente caricato, Wander solta o primeiro petardo que, se não fosse cantado nesse pseudo-espanhol, seria uma típica canção dos Replicantes.

- "Bebendo vinho" foi a música que o Ira! escolheu pra fazer cover. Isso deu um baita impulso na carreira do WW, mas tenho certeza que a realização desse intrépido intérprete só veio quando ele viu a torcida do Grêmio entoando essa melodia no Olímpico lotado..

- "Lonely Boy" é uma versão da canção de Steve Jones, dos Sex Pistols.

- "Empregada" é melodramática, emocionalmente carregada de um absurdo típico das novelas mexicanas, ou seja, imperdível!

- "Freira desalmada" é outra imperdível! Inicia com um acompanhamento de um teclado eletrônico dos mais "chinfrins", até descambar num excelente rock-balada-brega! Só ouvindo pra entender!

- "Eu tenho uma camiseta escrita eu te amo" é romântica, ao seu modo, é claro..

- "Lugar do caralho" é outra canção digna dos Replicantes. A incessante busca por um lugar .. do caralho, ué..

- "La playa" traz de volta o "Django" meio bêbado, meio "made in Paraguay". Sensacional!

- "Burguês" vem na seqüência, mostrando que, uma vez punk, sempre punk!

- "Maverikão" com motor V-oitão.. precisa dizer algo mais?

- "On the road" deve ter surgido da leitura da obra de Kerouack (ou, pelo menos, das páginas que ele pode ter lido..). Enfim, mais beat, impossível!

- "Ganas de vivir" fecha o álbum num clima fim de festa, acústico mesmo. Violões, tequila, meia-luz e o "Django" cantando suas desilusões e desencontros amorosos.

Pra resumir: baixe o disco, ouça-o e saia correndo pra comprar o original porque esse é um daqueles álbuns que farão parte da história do rock nacional, com toda certeza. Pode esperar e, daqui a 50 anos, pode me cobrar!
Até mais.

2 comentários

Anônimo disse...

Huahauhauhua .. Valdick Soriano com punk! Esse eu quero ver!!
Bjão, Mary!

Bloody Mary disse...

Oi, Ana! O bom humor já era marca registrada dos Replicantes. Na carreira solo WW pôde se soltar mais por outros gêneros e influências. Aposto que vc vai gostar! Até mais!

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