Saudações, mortais desse Estranho Mundo.Devido às atribulações típicas dos finais de ano, e devo admitir que tomado também pela preguiça e pelo ócio, esse Estranho Mundo anda em marcha lenta até segunda ordem. Em breve as postagens voltarão ao ritmo normal mas, por enquanto, aproveitarei os últimos dias do ano de 2008 para agraciar-lhes com o álbum que eu reputo um dos mais interessantes do ano. Seria fácil destacar o novo álbum do Metallica, ou o novo do AC/DC, ou o Motorhead, ou até o novo (finalmente) do Guns n´Roses, mas nenhuma dessas bandas aportou por aqui, dando-nos a oportunidade para testemunhar suas novas composições ao vivo. Esse méritou coube aos "Highlanders do Grunge" do Mudhoney que, poucos meses após o lançamento de "The Lucky Ones" botou as caras em palcos brasileiros. O nono álbum de estúdio da banda formada em Seattle, em 1988, traz a fórmula tradicional do gênero que os consagrou e os tornou referência dentro do rock - principalmente nos anos 90. Gravado em apenas três dias e meio, Mark Arm, Steve Turner, Guy Maddison e Dan Peters, provaram - mais uma vez - que o Grunge não morreu, nem está enterrado com Kurt Cobain e a finada Nirvana. Quem pôde apreciá-los ao vivo, como eu pude, constatou que apesar dos quilos a mais e cabelos a menos, a pegada barulhenta e explosiva, legado deixado por Iggy e seu Stooges, continua surtindo efeito. Aqui está uma amostra, a clássica "Here Come Sickness", ao vivo, em SP, e a não menos clássica "Touch Me I'm Sick", gravada no Rio. É claro que gosto é subjetivo e eu sei que não se deve comparar "alhos com bugalhos" - e em nenhum momento eu fiz isso. Somente destaquei o fato de que o álbum "The Lucky Ones" funciona, seja no seu player ou ao vivo, e isso eu testemunhei. Confiram as faixas "The Lucky Ones", "I'm Now" e "Tales Of Terror"
"Almas atormentadas, tremei!"
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